domingo, 22 de março de 2009

Vermelho

Ela corria ciente de que não chegaria a lugar algum. Os cadernos lhe escorregavam pelas mãos suadas e os saltos ameaçavam fazê-la despencar a qualquer momento. O vermelho da boca era nada comparado ao resto do rosto agora incandescente. Parou para respirar, encostou-se em uma parede, tocou os lábios e o beijo roubado de segundos atrás permanecia lá, gravado a ferro e fogo.

Seguiu mais devagar, tentou acalmar o coração, percebeu que era impossivel.